Em cinco anos, investimento norueguês no Brasil supera US$ 10 bi

Segundo novo relatório, mais da metade das empresas da Noruega deve ampliar aportes no país até 2024, e duas em cada três querem contratar

22 de novembro de 2019 3 minutos
Europeanway

Entre 2013 e 2018, o investimento de empresas norueguesas no Brasil somou US$ 10,1 bilhões, com os setores de petróleo, gás e marítimo respondendo por mais de 60% do total. Os dados sobre os aportes noruegueses no país aparecem no Relatório de Investimentos de 2019, publicado nesta semana pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro e pela Innovation Norway, agência de desenvolvimento e inovação ligada ao governo do país.

Apenas no acumulado nos anos de 2017 e 2018, os investimentos cresceram 19,7%, ou o equivalente a US$ 4,2 bilhões. Nesse mesmo intervalo, as empresas norueguesas pagaram mais de US$ 900 milhões em impostos e reinvestiram mais de US$ 1,5 bilhão de seus lucros em suas operações brasileiras.

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Ainda de acordo com o levantamento, que está em sua quinta edição, os investimentos noruegueses acumulados no Brasil, sem transferência de ativos, já somam US$ 25,5 bilhões. Esse montante equivale a 7,3% do produto interno bruto (PIB) da Noruega.

Um exemplo dos investimentos é o navio Skandi Recife (foto), entregue no ano passado à empresa submarina norueguesa DOF Subsea. Construída pelo estaleiro Vard Promar no Complexo de Suape, em Pernambuco, a embarcação – que faz o lançamento das linhas flexíveis que conectam os poços às linhas de produção de petróleo – custou cerca de R$ 1 bilhão. Segundo o relatório, o Skandi Recife (que pertence à joint venture formada pela DOF e a provedora de serviços petrolíferos TechnipFMC) é o navio complexo e especializado desse tipo já construído no Brasil.

As companhias do país escandinavo empregam, de maneira direta, 27 mil pessoas no Brasil (e mais de 585 mil de forma indireta ou induzida, informa a pesquisa). Ainda que o número de empregos diretos tenha caído em relação a 2016, quando atingiu o pico, com 28 mil postos, o número segue expressivo – além de, no geral, ser composto por vagas que exigem mão de obra altamente qualificada.

O relatório também traz um balanço do que as empresas pensam para seu futuro no Brasil. Entre as que participaram do levantamento, 57% disseram que têm planos de ampliar seus investimentos no país nos próximos cinco anos, e apenas 7% planejam redução. O contigente das que pretendem contratar nesse mesmo intervalo é ainda maior, de 69%.

Clique aqui para ler a pesquisa na íntegra.

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